Sócia Fundadora da Chiavassa e Chiavassa Advogadas Associadas. Formou-se em 1984 na Universidade de São Paulo. Em 1987 ajuizou um pedido de Intervenção da União no Estado de São Paulo, a fim de abrir concurso para suprir a titularidade dos cartórios extrajudiciais. Nesse mesmo ano, ajudou a fundar a OAB Mulher em Nível Estadual.

Em 1993, conseguiu – juntamente com a advogada Vilma Pastro, a primeira liminar do Brasil que obrigou um plano de saúde a atender um portador do vírus HIV. Depois disso vieram inúmeros outros processos e liminares.

Não só. A tese invadiu a área da saúde pública quando, em 1999, obrigou o Estado de São Paulo, a dar atendimento a um cidadão que, após ter contraído leptospirose através das costumeiras enchentes de São Paulo, precisava de internação imediata para sobreviver.

Essa área de saúde favoreceu e favorece, em tese, todos os brasileiros, sendo 40 milhões na área da saúde suplementar e todos na área da saúde pública.

Inúmeros julgados foram surgindo para declarar ilegal cláusulas de preexistência de doenças, limite de internação, descredenciamento de hospitais, clínicas e médicos, carência para atendimento, negativa em casos de emergência e urgência, recusa para quimioterapia, radiologia, transplantes, órteses, próteses, recusa do fornecimento de remédios. Pode-se discutir, também, o aumento de mensalidade por faixa etária, a rescisão unilateral do contrato, recusa para obesidade mórbida e suas consequências, etc.

Obteve, ainda, uma das primeiras sentenças judiciais concedendo também danos morais a um consumidor que teve atendimento médico-hospitalar recusado por seu plano de saúde, quando, até então, somente os custos do tratamento (danos materiais) eram reconhecidos.

Especializou-se também em ações que discutem erros médicos, assim vulgarmente chamados erros na conduta, no diagnóstico, etc. etc.

Abriu também a discussão sobre a perda de uma chance, em 2001, na área da saúde.

Sempre inovando, em 2013, obteve a primeira sentença no Brasil, dando-lhe o direito à morte digna, entrando em uma discussão ainda com muitos preconceitos.

Recentemente obteve liminar para diminuir absurdo valor de mensalidade de apólice de seguro de vida.

E, assim o escritório segue abrindo horizontes.

Paralelamente, em 1998, como Conselheira Federal da OAB, promoveu uma Ação Civil Pública, contra uma operadora de plano de saúde, favorecendo aproximadamente 3 mil professores aposentados. Foi a primeira Ação Civil Pública em nome da OAB, em que o próprio Judiciário reconheceu a legitimidade da Entidade em promover lide defendendo a Sociedade, pois, até então, somente se aceitava em nome da OAB, ação para defesa coletiva da advocacia.

Desde então, percorre todo o Estado de São Paulo ministrando palestras sobre Dano Moral, Plano de Saúde, Direito do Consumidor, Violência contra a Mulher, Responsabilidade Civil, entre outros temas.

E, em dezembro de 2013, fundou a ASAS – Associação das Advogadas, Acadêmicas e Estagiárias de Direito do Estado de São Paulo. A ASAS quis dar voz e espaço não só às mulheres operadoras do Direito, como a todas que são objeto de discriminação e violência.

No momento, também está engajada na campanha denominada “Não hesite, apite”, contra a violência à mulher. Já foram distribuídos na Grande São Paulo mais de 1.500.000 apitos para servir como instrumento de denúncia contra uma agressão e/ou assédio sexual, seja ela doméstica ou no transporte.

Autora do artigo “Conflitos entre Direitos: a dignidade, o livre arbítrio e o direito à vida (digna)“ publicado na Revista de Direito e Medicina da Revista dos Tribunais – Thomson Reuters (vol. 1 – jan/mar 2019)